Sunday, November 16, 2014

     Olá e bem-vindos à primeira publicação do meu blog de vida saudável e nutrição!

     Movida pela minha antiga paixão por receitas e experiências culinárias, e a descoberta de novos sabores, iniciei este ano com uma enorme vontade de melhorar os meus hábitos alimentares, em parte porque precisava de perder peso mas também porque reconheci que a alimentação a que me tinha habituado não era a melhor para mim.

     O primeiro passo nessa direcção foi procurar literatura que me pudesse ajudar nesta descoberta. Encontrei um livro que me chamou a atenção, “Dieta dos 31 Dias” da Ágata Roquette, e o que me interessou foi a “promessa” de alcançar o peso desejado numa curto espaço de tempo.  Então, tentei segui-lo mas sem sucesso porque, no fundo, não concordava com aquele método – comprovando, mais uma vez, que não existem fórmulas mágicas para alcançar este meu objectivo.

     Meio perdida e sem saber bem por onde seguir, soube de um workshop de cozinha macrobiótica de quatro horas orientado pelo Instituto Macrobiótico de Portugal. Não conhecia o formador mas decidi ir à mesma e ainda bem que o fiz pois cedo descobri o quão pouco eu sabia acerca deste tipo de dieta. Normalmente, quando se pensa em macrobiótica, pensa-se em vegetarianismo (tofu, soja, seitan...), o que não é totalmente correcto. Não me vou estender sobre este tópico mas, aos interessados, sugiro que investiguem pois aposto que vão sair tão surpreendidos e bem impressionados como eu. Este workshop foi importante por outro aspecto fundamental: fui alertada para a publicidade enganosa levada a cabo pela indústria alimentar.

     Depois de uma experiência tão curta mas tão enriquecedora, saí desta formação com imensa vontade de me informar o máximo possível e de mudar radicalmente os meus hábitos alimentares. Seguindo o conselho do formador, comprei o livro “Comer Para Viver” de Joel Fuhrmann e iniciei uma “guerra”contra os alimentos processados. Naturalmente, não concordo com tudo o que vem escrito no livro – acho que uma dose saudável de cepticismo é indispensável à boa aprendizagem – mas achei-o muito interessante. Esta leitura reforçou, com base em argumentos científicos, a importância de substituir comida processada por alimentos próximos do seu estado natural (de preferência, produtos biológicos), bem como evitar produtos de origem animal, gorduras e lacticínios. Embora, mais uma vez, não tenha concordado com todos os aspectos desta filosofia, fiquei deslumbrada e, finalmente, motivada. E não é por essa razão que é tão bom estarmos informados, para depois decidirmos o que para nós é válido?

     A partir daí, a vontade de me informar sobre a indústria alimentar cresceu ainda mais e, quanto mais aprendia, mais me surpreendia pela negativa. Para mim, o problema é a palavra “indústria” se adequar tão bem ao negócio em que se transformou algo tão precioso como a nossa alimentação; por outras palavras, parece-me que a prioridade principal continua a ser lucro, e não a saúde pública.

     Por isso, posso dizer que, até Setembro, o meu percurso de um ano foi mais de aprendizagem – o que, por vezes, me deixou confusa e frustrada por haver tanta informação disponível e, pior ainda, contraditória. Foi então que decidi consultar uma nutricionista (e homeopata) para me ajudar a compreender o que é melhor para mim; no fundo, procurava clareza pois, por mais que lesse e investigasse, algo me dizia que nem tudo era adequado para mim.

     Acho que foi aqui que começou, realmente, a minha viagem. A nutricionista, com base no meu perfil (hábitos alimentares e de sono, estado de saúde e físico, etc.), sugeriu-me que evitasse o trigo (glúten) e os lacticínios, e recomendou-me não exagerar no consumo de proteína (por motivos de saúde).

     Actualmente, posso seguramente dizer que ainda não alterei a minha alimentação da forma que gostaria - o que é óptimo porque me permite partilhar esta viagem com outros que nutram o mesmo interesse por comida e vida saudáveis. Tendo encontrado inspiração em alguns blogs que hoje em dia sigo, decidi começar a escrever o meu próprio blog, uma espécie de diário sobre a esta minha experiência na esperança de poder, igualmente, inspirar outras pessoas.


     Assim sendo, resta-me desejar-vos as boas-vindas a esta viagem! Espero que se divirtam e aprendam tanto como eu e, melhor ainda, que se sintam encorajados a participar.


1 comment:

  1. Olá, deparo-me com o mesmo problema que o seu. Poderá dar-me informações sobre a sua nutricionista? obrigada

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